Museé Mécanique: uma viagem pelos antepassados dos arcades
Se você caminhar pelo Fisherman’s Warf na baía de São Francisco, nos Estados Unidos, possivelmente ficará mais interessado pelas embarcações USS Pampanito e SS Jeremiah O’Brien – o primeiro um submarino e o segundo um navio, ambos museus flutuantes –, e acabaria passando batido por uma pequena porta de um galpão nada convidativo. Por fora.
O Museé Mécanique é o que podemos chamar de “museu lucrativo”, ou seja, o oposto de uma organização sem fins lucrativos: você pode entrar de graça, mas paga para jogar em suas mais de 300 máquinas, entre entre autômatos, arcades mecânicos, pinballs e até fliperamas clássicos. Mas a maioria mesmo tem mais de 80 anos, sendo que uma delas foi fabricada em 1889 (vide galeria acima).
Edward Galland Zellinsky criou o museu em 1972, mas ele já colecionava máquinas desde 1933. Na época, Zellinsky, com apenas 11 anos, conseguiu comprar sua primeira máquina por cinco centavos de dólar (era um jogo de azar simples, que fornecia ao jogador cinco bolas que corriam aleatoriamente e, se atingissem o centro de um alvo, dava um prêmio). Com os lucros – em sua maioria provenientes da própria família, que acabava por jogar na máquina para agradar a criança – Zellinsky conseguiu expandir seus negócios chegando a comprar caça-níqueis, que na época custava de US$ 25 a US$ 30.
Com o passar dos anos a família Zellinsky continuou a cuidar do Museé Mécanique, adquirindo mais máquinas e chegando ao digital: além de pinballs dos anos 90, também é possível encontrar algumas light gun shooters (fliperamas com réplicas de arma).
Abaixo você confere algumas das centenas de máquinas encontradas no Museé Mécanique.